Eu quero ir ... quero um lugar que nunca foi visitado, nunca jamais explorado, quero descobrir, desbravar, porém algumas coisas não deixam, talvez eu não me permito permitir. Enquanto o mundo vive no seu lamento... tornando em mim um sentimento inexplicável.
Descrever tamanha e profunda dor sem entender... mesmo indo aos poucos ao horror eu tento amenizar tamanha perplexidade de sucessões de horrores que acontecem com tal frequência.
Toque a toque vou me desmanchando, morrendo, desfalecendo cada parte de mim, sucumbindo a vida na alma, viver sem ser notada. Tão notável morte súbita! Eles passam por mim desejando-me destruir e arruinar... ladrões de vida, sorrisos, gentilezas e misericórdia...aos poucos permitimos que nos levem... e por onde se vai a nossa competência? Será possível que nos roubem tudo isso? Sem juízo eu vou me confundindo, descobrindo, me enganando, aceitando, resistindo...
Doar algo sem nunca ter recebido? Aprender e resistir.
Na subjetividade de minh'alma enfrento feridas mal cicatrizadas... Cada palavra, corresponde a uma lágrima, uma dor provocada, não suportada, sufocada...esfaqueando o meu coração mortal e imperfeito...
Quantas sepulturas invisíveis, quantas mentiras ocultando verdades... Ladrões, homicidas, destruidores de sonhos, sorrisos, esperanças...mantendo pessoas em cavernas, em vales e oprimindo- as.
Viver, e aprender a viver requer uma sabedoria que precisa ser aprimorada. Força que exige foco e a direção daquele quem o criou.
Toda sabedoria elevada é decorrente ( amiga) da dor.
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